Pessoa CAC ICBAS-Santo António | setembro

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Nome: Tiago Torres | Responsável da Unidade de Ensaios Clínicos / Dermatologista
Formação: Licenciado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Doutorado, com agregação, em Ciências Médicas pelo Instituto Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto
Resumo: Dermatologista na ULS Santo António, Professor Associado com Agregação no ICBASUP e Investigador, dedica-se ao estudo, diagnóstico e tratamento das doenças inflamatórias da pele, em particular psoríase e dermatite atópica.
Máxima Clínica: “Inovação, ciência e compromisso com a saúde dos doentes”


  1. Neste momento, em que áreas é que a Unidade de Ensaios Clínicos do CAC está envolvida?

A Unidade de Ensaios Clínicos do CAC é um centro altamente procurado pelos promotores de ensaios clínicos. Contamos com inúmeros investigadores, reconhecidos como especialistas em diversas áreas da medicina, e temos um histórico de muitos anos de excelência na condução de ensaios clínicos, especialmente de fase 2 e fase 3, assim como estudos observacionais. Além disso, estamos a tornar-nos cada vez mais ágeis e competitivos. As nossas áreas de investigação clínica mais fortes incluem as doenças imunomediadas, sobretudo nas áreas da dermatologia, gastroenterologia e imunologia clínica, assim como a oncologia e a neurologia, com destaque para vertentes como a neuroimunologia e a paramiloidose. Outras áreas também estão em claro crescimento, como a cardiologia, nefrologia e oftalmologia, entre outras. Diria, portanto, que estes são os grandes pilares da Unidade de Ensaios Clínicos do CAC.

  1. Quais os benefícios e impactos dos Ensaios Clínicos?

Os ensaios clínicos são extremamente importantes e trazem inúmeros benefícios em várias áreas: aos doentes, aos investigadores e às instituições de saúde. Os ensaios clínicos oferecem aos doentes acesso a terapêuticas inovadoras, muitas vezes quando ainda não existem outras opções disponíveis para a sua patologia ou quando já esgotaram todas as terapêuticas disponíveis. Isso pode proporcionar uma nova esperança de tratamento para condições que anteriormente não tinham soluções eficazes. Aos investigadores, a participação em ensaios clínicos permite-lhes associar a sua prática assistencial à investigação clínica, participando em estudos multicêntricos e internacionais, facilitando a criação de contactos numa rede global de investigação, e futuras colaborações científicas. Por fim, também as instituições de acolhimento e o sistema de saúde beneficiam económica e financeiramente. O investimento feito pelos promotores nos ensaios reduz os custos do tratamento dos doentes, além de gerar receitas para as instituições de acolhimento. Dessa forma, os ensaios clínicos ajudam a aliviar a pressão financeira sobre o sistema de saúde, enquanto oferecem tratamentos inovadores e eficazes.

  1. Enquanto responsável desta Unidade, quais são as suas funções?

Como responsável pela Unidade de Ensaios Clínicos, as minhas principais funções envolvem a gestão da equipa, que atualmente inclui 17 elementos e garantir uma boa coordenação e comunicação entre os diversos intervenientes nos ensaios clínico, como os promotores, os investigadores, os serviços farmacêuticos, outros serviços de apoio, os coordenadores de estudos, entre outros. É fundamental sermos uma estrutura ágil e competitiva, assegurando que os ensaios são conduzidos de forma eficiente e em conformidade com as exigências regulatórias e científicas, sempre com o objetivo de oferecer o melhor tratamento possível aos doentes.

  1. Em relação a dermatologia há alguma coisa que possamos destacar?

Nos últimos anos temos observado uma enorme evolução terapêutica na dermatologia. Este progresso fez com que o nosso serviço fosse frequentemente procurado pelos promotores para participar nessa evolução, conduzindo muitos ensaios, especialmente em doenças imunomediadas como a psoríase, dermatite atópica e hidradenite supurativa, entre outras. Por isso, tem sido com grande orgulho que vejo o nosso serviço ser um dos principais serviços envolvidos na condução de ensaios clínicos ao longo dos anos.

  1. De que forma é que a investigação pode influenciar a prática assistencial? (ser um investigador torna-o melhor médico?

Os médicos procuram frequentemente aliar a sua atividade assistencial do dia a dia à investigação, e temos observado que as novas gerações de médicos demonstram um grande interesse na investigação clínica, especialmente em ensaios clínicos. Esta combinação oferece uma visão mais abrangente sobre o tratamento dos doentes, permitindo aos médicos envolverem-se em projetos inovadores e aceder a terapêuticas de vanguarda. Acredito que esta junção entre ser médico e ser investigador é fundamental para o futuro da medicina, no contexto científico e na prática clínica, contribuindo para a constante evolução do conhecimento médico e para uma abordagem mais eficaz no tratamento dos doentes.



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